“Por vezes só a decepção e o sofrimento nos revelam o perigo de não nos libertarmos de certos sentimentos que nos irão levar à ruína de nos tornarmos tão podres como a pessoa que nos fez sofrer...”
Ruínas
Desejo inócuo de esconder seu passado
temendo demonstrar-se lagarta sem casulo
efeito de desilusão pela dor provocado
que em ódio e vingança iriam transformá-lo
Dentro da alma um novo ser reconhece
que esfaqueia sentimentos de quem o ama
vestígios de carinho falso e impuro enobrece
mas ruína humana, ingenuamente proclama
Desapercebe-se feio, maléfico e prossegue
ajuda, tentativa de salvação, enfim inoportunas
ou luz de saudade, p’ra ele mal empregue
pois estava preso em escuras lacunas
Inútil, vazio, perseguido por suas acções
desespero, tristeza tomam seu coração de pedra
retribuem-lhe vontade e forças p’ra anular maldições
retornar às puras, inocentes feições de outrora
Lágrimas de alegria e saudades do passado
corriam em seu rosto sem se aperceber
que era mui querido e tão amado
qual inexperiente bébé nascendo para viver
Numa ultima pausa simples, meditou
desprezou podres ruínas agora mui longínquas
apercebeu-se: não era aquele ser que o inundou
que o íria dominar por longos dias…
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