Quero dar-te mais
Sem gastar o meu latim
Sem desgastar as palavras
De tanto serem ditas e repetidas vezes sem conta
Perdem o seu sentido.
Num beijo eu te entrego mais que palavras
Num beijo eu te entrego
O que disse
O que ficou por dizer
Num beijo eu te entrego
A minha Alma
Num beijo eu selo o nosso Amor.
Poderão vir mil homens
Românticos ou atrevidos
De encantos desmedidos
Mas nenhum deles
Encontrará em mim
O que procuro em ti.
Bate forte coração
Que andas a galope
Na estrada da solidão
Até encontrares o Amor.
O tanto, que sinto
Caiu no abismo do silêncio
Estrangulado
Pelo teu sentir pouco
Hoje podias ser meu jantar
Minha ceia
Amanhã meu pequeno-almoço…
Hum…
Podias ser-(me)
A vida inteira!!!
Parado no tempo
Preso a uma identidade suspeita
Deambulando num mundo de incertezas
Caminhando a alta velocidade
Pelo caminho tortuoso da vida
Assinalando e guardando
Tudo o que é importante
Deixando de lado o que menos importa
Marcas que ficam mas refundidas
Da visão humana como um escudo
Defensor das adversidades da vida.
Liberta-me deixa-me ir
Ir ao sabor do vento
Para onde ainda não sei
Mas quero ir
Ir á procura de mim
Quero-me reencontrar
Quero-me fazer renascer
Quero-me sentir
Sentir viva
Sentir que pertenço não só
A um lugar, mas sim ao Mundo
Que faço parte de um todo
Quase perfeito
De um todo onde só faltas tu.
Perdemos os dois
Sim
Tu antes
Eu depois
Perdemos tempo
Perdemos cor
Perdemos ritmo
Vida amor
Perdeste-me
Em tempos
E neste tempo
Perco-te eu agora
Doeu antes
Doí agora
Sou tua propriedade privada
Sirvo teus desejos mais íntimos
Tuas luxúrias carnais.
Sou tua amante, teu pecado lascivo
Tomas-me quando queres
E eu deixo
Serves-te dos teus encantos fatais
Para me atraíres na tua teia
De pecados capitais
Sou mero espectador
Deste teatro brutal
Deste desalento constante
Deste triste cenário
Que nos engloba a todos
Vivendo com o pensamento no futuro
É para ele que caminhamos
Fugazmente
Esquecendo o que importa
Encenando uma peça
Que não é nossa
Dando lugar a uma
Personagem que não,
Nos representa na plenitude.
Um pedaço de papel
Uma folha em branco
Para ser preenchida
Um nada que não sai
Uma palavra que não atina
Um verbo que não conjuga
Uma frase que desespera
Uma história que se quer contar
Mas é difícil começar
Quando é longo o enredo
De uma vida.
Baixo a guarda
Deixo-me levar pelos sentimentos
Caminho em direção á felicidade
Tudo flui
Sem qualquer dificuldade
Basta ir a favor da corrente
Basta que a energia da vida
Nos envolva e leve-nos até ao limite
Abrindo o portal
Que nos trará a plenitude.
Numa tentativa constante
De tentar ocultar os factos
Mais que evidenciados em mim
Perco-me em pensamentos pecaminosos
Tua ausência afeta-me mais que a tua presença
Quando estás tento controlar
O vulcão que me incendeia por dentro
Pronto a explodir a qualquer momento
Basta tu dizeres que sim
Esse sim que dificilmente
Sairá da tua boca
Só se eu um dia conseguir
Enfrentar o receio de ser mal interpretada
Pelo sentimento que cresce em mim.
Nem todas as noites
São noites de folia
Nem todas as noites
Me levas a dançar
Mas em todas elas
Eu espero que tu apareças
Só para me poderes abraçar.
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