Apesar de tanto o sol brilhar, e as ruas estarem repletas de gente, hà um silêncio que habita a minha alma. Olho à minha volta, apenas sinto frio e solidão. Um frio que é impossivel descrever, uma tristeza que parece não querer desaperecer. Nem o sol quente deste principio de verão parece querer penetrar nesta minha alma solitária.
Neste quarto, nesta sala, nesta pequena vida onde tudo parece avançar, eu permaneço no silêncio, neste mesmo local esperando que a solidão um dia deixa as escadas da minha vida e me permita sentir completo, com a alegria do que um dia fui.
Olho por todo o lado, tantos caminhos que percorri que parece que tudo termina agora aqui. Chego ao fundo de mim e encontro apenas a escuridão, o silêncio e a solidão.
Tento e luto para a afastar de mim, mas mais avance mais ela toma conta de mim. É uma solidão que afasta o meu corpo da minha alma, um frio de inverno num verão, para muitos quente, mas que nada tras para além de vazio. Um vazio e uma sensação de corpo incompleto, uma alma por encontrar nesta escuridão fechada em mim.
Fecho-me uma vez mais neste meu silêncio, nesta minha tristeza. Falar já não adianta porque não sei que palavras usar. Com o tempo até as palavras que conhecia foram desaparecendo, livraram-se também de mim, e deixaram-me neste corpo sem rumo, nesta alma apagada pelo tempo, neste meu ser que hoje desconheço.
Por sorte, estou entre quatro paredes, fechado neste corpo nesta solidão!
Uma Solidão que habita em mim!
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