Portuguese
De uma janela, vejo o mundo
vejo o tempo a girar
vejo a juventude passar
e a não voltar
Vejo as estações em constante renovação
da primavera ao verão,
do outono ao inverno
até a nova iniciação
E eu onde estou?
para onde vou?
O destino existe?
ou será tudo coincidencia
e aleatoriedade?
não haverá vontade?
À janela me sento, e as árvores cheias de fruto
a despidas passam
e no vidro me encontro,
num reflexo perdido e escondido
Cheio de ilusórias sensações
revejo-me
é triste...a transformação
como é humilde a nossa humana condição
De liso a enrugado
de erecto a dobrado
de vivo a pó
E é só, o que da janela vejo e esqueço.
Adérito Vieira
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Gostei muito.
Gostei da forma como descreveste o caminho inexorável do tempo.
Bem vindo. Um abraço.