De tanto viajar ao meu eu
acabei por encontrar vários eus
Que dirá o filósofo
Pregada na estação
A viuvez trazida no som dos carris
A saudade dorida na lenta espera
Sonhava que era a alma da ave azul, Aquela com quem eu falava
Esta arte de perder-me nos cruzamentos
É a arte do desencontro
Por ora basta-me o mar
E eu sinto-me ser
o ser de pólen
Quero escrever amor, romântico ou não, incondicional ou não