Livro objecto.
2015.
Artelogy.
ATIREM-ME MIGALHAS E EU FAÇO UM FESTIM. QUE IDIOTA
ROSAS, E NENHUM ESPINHO ME FERE. QUE IDIOTA
UMA JÓIA, E NENHUM BRILHO ME OFUSCA. QUE IDIOTA.
QUE SAUDADES TAMANHAS,
QUE SOLIDÃO INFINITA QUE ABRAÇA OS MEIOS QUASE DIAS
SAUDADES DO MEU AMOR.
SOLIDÃO DE UMA VIDA CHEIA,
SOLIDÃO DE SOL, DE RIAOS DE LUZ
COMO A VIDA PASSA A CORRER. QUEM DIRIA!
OS ANOS PASSAM, O SANGUE VAI CORRENDO NAS VEIAS, QUEM DIRIA!
O AMOR ACONTECE, O AMOR DESACONTECE. JÁ SABIA!
O SANGUE É DOCE,
DOCE PENSAR QUE NOS PESA COMO TERRA,
TERRA QUE NOS ACONCHEGA E ASSUSTA.
DOCE PENSAR QUE LENTAMENTE DEIXAMOS
NÃO, NÃO É DOCE MORRER DE AMOR
QUANDO O CORAÇÃO NÃO TEM POR QUEM BATER
É SIMPLESMENTE DOCE MORRER POR PAIXÃO.
QUANDO A IMAGEM DUMA MORTE SÚBITA NOS ALIMENTA A ALMA
A VIDA ERA BELA, FLUÍDA, GARANTIDA, DOCEMENTE CERTA,
QUE VIVER AGORA DA INCERTEZA,
É UMA CERTEZA QUE NÃO SEI SE QUERO TER.
MEMÓRIAS DUM PASSADO ENCANTADO