Corda bamba, arlequim Máscara, véu de cetim, Pluma em queda sem fim, Sobressalto, frenesim…
Na dormência de um olhar adormecido, Leve sonho inconsistente, difuso, desfalecido. Num suspiro envolvente, duma alma que não sente
És cisne negro, garra, estilhaço… Leoa, espelho, vulcão, abraço… Trespassa-me o corpo, musa, sereia, Veias de fogo, alma de lua cheia.
Sem fim, palavras chovem, Em vão, esperanças escorrem, Resvalam, por trilhos de sonhos cansados Telhados de vidro, no chão, estilhaçados.
Se não congela, arrefece Não morre, mas desfalece Esbate, dissipa, esmorece Este amor que me enlouquece.
Dói-me o hoje, indefinido Feito espuma volátil, Trilho de um casco partido.