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A casa nova de Moura
A casa nova era enorme, Não me lembro da sala mas tinha uma cozinha enormeeeeeeeeee com uma chaminé enormeeeeeeeee onde podíamos ficar todos debaixo dela. Aí havia um fogão grande, da largura da chaminé, preto, com uns varões de um metal amarelo (possivelmente cobre). onde penduravam panos de limpara a louça- tinha também pendurados aqueles utensílios grandes que usamos para preparar ou servir tal como concha para tirar sopa, garfo grande, sei lá! , essas coisas rsrsrsrsr-
A água quente para os banhos dados (a nós, crianças)numa celha grande de zinco, na cozinha quando estava frio, vinha de uma torneira que o fogão tinha (devia ter um depósito). Uma porta da cozinha dava para um quarto que era o dos meus pais e nesse quarto havia uma outra porta que dava para o norte e que durante a noite se mantinha aberta porque eu e a minha irmã tínhamos medo.
A casa situava-se no 1º andar e no rés do chão era o posto da GNR.
Ainda no 1º andar ficava a outa casa do tenente ou capitão, não me lembro. Sei que a esposa dele era a maior amiga da minha mãe e o filho de uma idade aproximada à nossa era o nosso amigo. O 2º Andar era uma espécie de sótão onde guardavam caixotes com coisas que a GNR já não usava e por ali, pelo chão montes de artigos aprendidos em contrabando na zona de Barrancos.
As traseiras da casa era a parada, que eu usava como quintal e onde tinha a cavalariça com alguns cavalos. Na parada havia um tanque que recebia água de uma torneira, onde eu fui picada pela primeira vez por uma vespa que estava na torneira e me lembrei de apanhar como se fosse uma borboleta,
Chorei tanto!
Nota: Nesta foto indico as janelas da minha casa de Moura, a porta de entrada do Posto da GNR de Moura, não dá para ver na imagem.
O Posto da GNR fazia parte do Convento de S. Francisco, agora entendo porque os quartos eram enormes!
Deve ser por ter vivido em conventos que até aos meus 18 ou 19 anos queria ser Freira.
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