E se eu contasse os passos que já dei,
Em que número pararia?
E se pensasse em todas as vidas que já toquei,
O que aprenderia?
Somos tantos que divagam
Na experiência de cada um,
Mas quantos de nós já se questionaram
O que com os outros temos em comum?
Com tudo o que já li
( que foi pouco, com certeza!)
E com tudo o que já vivi
Constatei com enorme clareza
Que: se já vivi contigo
O suficiente para algo recordar,
Partilhas algo comigo
Que com mais ninguém vais partilhar!
Justifico esta elação
Com a minha simplicidade habitual:
Somos todos de impossivel comparação,
Não existe nenhuma pessoa igual!
Pois,
Se a mim me tocas ou falas,
Se em mim viste algo para dizer,
Uma parte de ti está nas tuas palavras
Para eu te poder responder.
Nos bancos do meu conhecimento
E da experiência que carrego
Sei que do proximo sou um espelho
E que o próximo refleto o meu comportamento.
Somos ilhas, achando-nos fechadas
Desligadas cada um na sua.
Por baixo de mar somos ligadas
Porque a minha terra também é a tua.
Por isso,
Deixemo-nos de muros!
Dê-mo-nos de vez à transparência!
Não temos palas como os burros!
Tornemo-nos de vez uma só consciência!
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