Português
Chegaste!
Eu tinha as mãos quentes
Quando as apanhaste
Do café que pousara na mesa.
Sempre que te olhava
As minhas mãos escaldava-as
No café,
Num esforço de sentir.
Perdoa-me!
Foi assim que no vulto
Da cafeína te aprendi
A amar.
Com a sensação forte da
Queimadura breve
Como a paixão
Que nunca esteve.
E invoco por isso a cada momento
Uma nova chávena fumegante
Para te poder sentir
A queimar-me os dedos.
É que se o amor aquece
Eu aqueço as mãos e
A sensação que tenho
É quase, quase igual.
Depois tu levas-me de mão dada
"Tens as mãos quentes, amor!"
Pois claro tenho, mas por favor,
Um golo para a minha cabeça, que vai gelada...
Género:
Comentários recentes