A Saudade está de volta
e bate desesperadamente à porta.
Finjo que não há ninguém em casa,
mas ela astuta,abre a porta e entra.
Ouço seus lamentos,
trazidos pelo vento.
A cortina do meu quarto
rodopia alegremente,
como se estivesse a recordar
suaves tardes outonais,
que não voltarão jamais.
E o meu pensamento traz de volta
tantos sentimentos,
esquecidos num canto escuro
da minha mente.
Em câmera lenta,
vejo esses momentos
se desfazendo em flocos de saudade,
que caiem lentamente
sobre o meu corpo inerte.
Saudade é uma palavra ardente,
que queima os nossos sentimentos,
de forma intermitente.
Ela vai e vem tão sorrateira,
que não deixa marcas na soleira.
Saudade vai,
Saudade vem.
A Saudade nunca se contém,
Nunca sabe se vai...
Ou se vem!
Débora Benvenuti
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