Português
Guardo do paraíso as piores recordações
encantado por falsas verdades e idílicos desejos
entreguei a minha essência em troca do pecado
Pecado, esse, que sempre esteve ausente
Sentado à porta do paraíso, de braço esticado e com a mão
em concha procuro receber os desejos de quem felizmente peca
Semeio o destino num terreno estéril, extraio a eternidade e
escondo-me no deserto, mesmo atrás do nada.
A paz que agora me acompanha e me suga a vida
rouba-me também ela o tempo, tornando-me invisível
Atravesso, assim, as paredes da realidade e da fantasia
sigo em direcção à morte e peço desculpa pelo incómodo
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