De madrugada com a fusca e a pedida da permissão do raiar do sol
Eu sozinho engolindo a bruma do mar.
E os peixes assustado correndo do anzol.
E eu vestido do frio do amanhecer na beira da praia e azul do mar.
Vendo de longe o branco da espuma das ondas
Quebrando com brilho nos rochedos.
A praia toda nua da sua pele branca e escaldeados.
Meus olhos quase se fechando nessas fendas.
A lua de mansinho se esconde dando lugar ao sol,
Uma a esconder no sul a outra reaparecendo do norte para o dia
E eu gritando numa voz manso com alegria.
E a luz se desfazendo de mansinho no farol.
Mas uma noite que deixei nessa praia amiga
Lustrando em mim a doce canção da onda meiga
Mar amiga, mar inimigo, mar perverso círculo do universo.
Azul dos meus olhos, colorido do meu verso.
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