Sou sempre a mesma coisa

«Sou sempre a mesma coisa...por favor não façam o que faço...oiçam nem façam o que eu digo...meus amigos nem vergonha tenho...não desenho mas vejo me vestido de arte...dá me uma régua que nem uma puta duma recta sairá...Rá porque me amaldiçoas? Com esses raios que irradias...por quem me julgas?! Por mais umas dessas pecas feitas em série?!Eu não!!! Sou o erro e enterro me nesse dogma...cuspo a aurora...choro a demora do choro eterno...por isso riu me da ignorância da omnisciência...prefiro ser insano...caminhando sobre a água com as mãos sobre as agulhas flamejantes que caiem no céu...a gula fez me passar fome de luxúria...tanta que engoli a minha língua...bin...bin...bin...a chave é o binário Aladdin mas antes de entrares limpa os pés no tapete...apaga a luz aos maus génios...gesticula as mandíbulas de ginecologista...espirra o material genético e despede te frenético...sobre as areias da secura...derramo vinho...danço com as víboras e murmuro rente ao chão a força do ar efervescente...quero o vosso ódio só assim me sinto amado...é tempo de inquisição...estou feliz...só assim hoje não vou sentir frio...peço desculpa por não ser quem vocês querem....mas um dia hei de o ser...quando chorarem a hipocrisia e tomarem me por jardineiro...de certeza que não vou enterrar os meus filhos...mas com certeza que vou nascer neles como a pior estripe à face desta terra a quem chamam Terra...triste ironia...a minha sorte é o azar... casei com uma mulher linda...tão bela que nem consigo vê la...é a vela da minha barca....em que eu transporto a vossa pena perpétua...sou a madrasta invejosa mas vocês que fiquem com a branca de neve...que eu vou fazer um boneco de neve só para ver o derreter...só me sinto bem quando me sinto mal...esse é o meu poder de super-herói...rói te até quebrares os maxilares...só conheço uma felicidade e é pura...tão pura que não pode ser mentira...só a veracidade nela é que é distorcida...»