Português
Chegaste devagar…
despiste-me a razão, ainda sem eu acordar.
E com os teus dedos revestiste-me a pele,
de doces palavras de mel.
Embarcamos os dois no navio das fantasias,
navegámos, nas mesmas ternas melodias.
Tão serenamente…
percorremos tardes, noites e madrugadas
até que sentimos, tímidos, despertar a alvorada.
Desnudámos o sol,
num cântico de amanhecer, esvoaçaram gaivotas
sobre a plenitude a crescer, na imensidão do mar.
Emoções e sensações…
esculpidas em céus de azul deixando-se conquistar.
Brisa marítima, salgada, mãos de carícias,
ardentes, simplesmente.
Corpos de delicias, apenas e só porque sim,
ânsias de querer, partilha, entrega, tão somente…
começas a entrar em mim!...
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