Entorno-me na página separando-me do rosto que me perpetua neste lugar indefinido. A ausência em arco em carne viva, súbita, que rasga escuridão e todas as minhas destrutíveis escamas.
O teu olhar é um lobo, caçando-me na leitura a enseada desmastreada nos diques e batalhas que sabes que não consigo decifrar nas tentativas das frases, onde os teus lábios canibais bebem as narrativas e permissivas virgulas.
O céu no papel, as naus metáforas, a tinta e os aromas dispersos na absorção côncava dos escarlates instintivos, são orientes, que nos dilatam em golpes desassossegados, as sincopes, dilaceradas que nos aumentam o alcance e todas as silhuetas na volta, entre o calor sangue na garganta em avalanche que remexe além da razão, em extravagantes expirais, entre a língua que o serpenteia este texto-lago, no amargo deglutir das ancorado em todas as letras que nos unem além sexo, apesar da toda a minha escrita constituir as tuas mais devassas orgías.
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