Os lugares não te esquecem.
E, quando passo por eles, lembram-me de ti.
Estás em todo lado e, no entanto, sinto-me sozinha.
Isto porque, sozinha é sem ti, já que ninguém sente o mesmo.
Todos dão palpites de como fazer, o que fazer em relação a esta desilusão.
A verdade é que nem sei bem explicar o que sinto. Pareço estar a entrar num lugar comum, onde todas as relações afinal são iguais, ou o fim delas. E toda a gente tem a sua opinão, todos opinam e falam das suas experiências. Porque é que acreditei que connosco era diferente? Talvez fosse presunção: achar que éramos diferentes, que era para sempre e que era realmente um grande amor. Achei que ninguém nos percebia, que mais ninguém tinha aquela sorte, que mais ninguém poderia sentir aquela felicidade pela companhia de outro... porque pensava que éramos únicos, que o nosso amor era o maior.
Quando perto de ti o mundo parecia não existir, quando longe parecia que esse mundo estava sem vida. Agora parece que vejo que tenho de usar esse mundo, que ignorei e menosprezei, para voltar a sentir alguma coisa que não esteja relacionada contigo.
Porém... os lugares continuam lá. E tu também.
Magoa e encerra.
É triste quando acaba, talvez me sirva de lição de humildade.
Só espero que este tão grande mas, ao mesmo tempo, pequenino e mesquinho amor, não me tenha roubado a capacidade de gostar e de pensar, sem ser no amor e no ódio que te tenho.
Talvez encontre novos caminhos, ou faça dos velhos lugares novas memórias.
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