Silêncio em ti me encontro
Amarras agrilhoam o meu caminhar
Procuro na vida que incansavelmente busquei
Encontrar os filhos do meu ventre
Que na dor concebi e abracei
Pelo seu perdão anseio entregar
O amor que pintalga o meu ser
E apenas o silêncio em mim habita,
Névoas de cinza dos meus dedos deslizam
E turvas lágrimas teimam em escurecer o meu olhar,
Anseio partir para lugar algum
Na esperança de este silêncio tocar
Que em mim sem pudor devaneia,
Antropofóbicos seres povoam o meu ser
E agarro a esperança com os dedos desnudados
Mas em cada esquina me perco
Sem nunca a desbravar
E estampado no meu rosto
Apenas uma iridescente palavra renasce
"Vive" apenas a vida que a tua alma carrega,
No imenso horizonte que com dor se avizinha
Apenas tu te percorres, te procuras sem nunca te encontrares
Mas o silêncio de mansinho te acarinha e em ti visceralmente permanece.
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