Cuido que não sei,
Sendo quem sou, descrente,
É nulo dizer algo novo,
Que não ecoe repetido,
Inteligência não é confiança,
Profissão nem é fé,
Invólucro do meu ser,
Inferno o respirar sair.
Pensar, o meu modo
De dizer, não sei,
Sei que não, emérita é a vida,
Evoco o engano como
Preenchendo o tempo,
Não o altero, tanto o sonho,
Como o visto do lado
Tornado igual, eco é o acto de
Dormir em pé, como se despertasse
Com os sentidos de fora pra dentro,
Pra me dedicar aos que duvido
Ter lá dentro, incompreendedores
Natos, repetidores absurdos
Que suam ao cheirar a minha
Vaidade inútil, a minha fé
Vencida, cuido não sei e brinco
Ao processo de me “fazer-de”
Quem nunca fui, “Rei-do-Mundo”,
Preencho o tempo de sofismas,
Reduzo o espírito à atitude, não à
Consciência, a menor representação
Visível, da minha íntima descrença
Grassa …
Joel Matos 02/2019
http://joel-matos.blogspot.com
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