Palavras soltas
Ideias loucas, vãs e carregadas de memórias
Memórias de tempos já idos e jamais reencontrados
Olhando serenamente, sentindo-me cristalizar
No quadro ceifado pelas mãos da minha filha
Revejo o olhar cansado e amargo
Do tempo em mim nunca perdido.
Noite molhada,
Céu ensombrado de tempestade e revolto em águas mil
Noite apenas sentida e não vivida
Peço-te a benção, Terra Mãe
Neste Natal esquecido nas brumas da memória
E vivido eternamente pelo meu ser
Ouvindo o crepitar do fogo de vermelho salpicado
E sentindo o seu quente sabor de mil sóis
Na fronte ensombrada de nostalgia
Do meu corpo inerte de vida
Vagueiam pensamentos, emoções e até recordações
E o olhar da minha alma sorri-me
E eu soltando todas as penas sentidas
Na chama incandescente de esperança
Que brota do fogo ardente
Saído da lenha rugosa que emerge da lareira,
E esperando que os meus sonhos me fujam pelos dedos
No brincar de uma caneta
Que os meus dedos conduzem numa folha de papel
E que irá voar pelo ar
Até encontrar o teu olhar numa página da Net
Impessoal, incolor, sem alma.
E apenas te direi palavras soltas, descabidas, sem nexo, ...
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