Por entre agrestes pedras e dourados sóis
O meu rosto com traços de melancolia desenhado
No exuberante voo das andorinhas que anseio reviver,
Brota em mim uma ancestral vontade
De à terra regressar e com ela me envolver,
Fadas e elfos em mim suavemente pousaram
E mil demónios em turbilhão me perderam
E no infinito horizonte que o meu olhar abraça,
Revejo toda a eternidade que não encontro
No caminho que percorro e que em mim palpita
Ofuscando as minhas vísceras de cor de esperança
E nas ondas que os meus pés fustigam,
Encontro o imenso mar que o meu sonho abraça
Nele procurando o universo que em mim habita
E percorrendo a vida que misteriosamente se me oferece
Encontro todos os caminhos que de mim se perderam
E num abraço profundo renasce tudo aquilo,
Que o meu sonho percorreu.
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