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~~REVOLUÇÃO OUTONAL
Carregam-se os céus de nuvens cinzentas,
E tornam-se as tardes pardacentas,
Solta-se o vento de invisível fole.
E cai a chuva, paulatinamente,
Arrastam-se as folhas, languidamente,
Chegam saudades do ausente sol.
É, já, a revolução outonal,
Neste eterno ciclo, sequencial,
Que dá a todo o ser, uma medida.
Trocam-se os longos dias estivais,
Por gélidas chuvas e vendavais,
Tenta-se manter acesa esta vida.
Enquanto o vento sopra e entardece,
Só, mesmo, a esperança nos aquece,
À espera que chegue um novo verão.
Que sopre o vento e as folhas caiam,
E que as tristezas do peito saiam,
Levadas para bem longe, em turbilhão.
LAF22SET2017
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