Por entre ventos e chuva perdemos esta noção do tempo que nos leva na viagem da vida. Viajamos a alta velocidade sem nunca saber onde estamos, mesmo quando achamos saber onde vamos. O cinto impõe-se numa viagem cheia de turbulências. Preferimos viver presos do que correr o risco de nos perdermos. No entanto, deixamos a alma perdida por entre memórias pré-feitas, objetivos pré-fabricados numa sociedade que não nos elucida em relação à necessidade do medo e da dúvida para tornar esta viagem em vida, para dar vida aos sonhos que navegam em nós.
Não sabemos nadar no mar que é a aventura porque nos disseram que o rio chegava. Não nos deixamos voar porque assumimos que assentar os pés na terra chega.
Sonhar nunca foi de olhos fechados.
Sonho tanto e há dias em que não durmo.
Respiro tanto e há dias em que não me sinto viva.
Falo tanto e há dias que me refugio no silêncio.
É mais seguro... Escrever do que tentar dizê-lo. Sonhar do que tentar fazê-lo.
Mas chega? Nunca.
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