A cidade não parou. A Tua partida estava iminente e a cidade não parou.
Já não estou contigo sempre que quero ou que é possível. Para conseguir trocar duas linhas escritas contigo e logo de seguida obter resposta é preciso quase um milagre.
É uma realidade que muitos dos portugueses passam hoje em dia. Mas sei que foste à procura de melhor.
Saudades dos dias em que passávamos em frente a uma televisão ou apenas sentadas numa esplanada.
A cidade não parou mas o meu mundo parou. Quis suspender aqueles últimos minutos e não consegui. Quis ir contigo mas não pude, Quis pedir-te para ficar mas não podia, não posso. As minhas vontades não podiam se sobrepor ao teu futuro e à tua decisão. Se pudesse iria contigo, sabes que sim. A minha vontade de ficar aqui é nula, permanecer neste local é inexistente.
Quem sabe daqui a um tempo não estarei contigo, na mesma cidade, mas não no mesmo país.
Não pretendo ser Fernando Pessoa nestas poucas linhas que escrevo, muito menos um Edgar Allan Poe ou outro génio da literatura. Aqui o meu objectivo não é esse. Quero apenas expressar algo que tenho reprimido há algum tempo e que não conseguia expressar de outra forma.
O meu objectivo é dizer aquilo que sinto. É querer deixar registado que o meu mundo parou e a cidade não.
O meu mundo parou sem a tua presença.
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