“Por esta vez será o meu interior a falar…e eu sei que ninguém poderá desvendar o que não vê…nem ouve…apenas subentender como quiser.”
Divagações
Fechando-me em ilusões
esquecendo banal realidade
procuro elevadas ambições
de alcançar felicidade…
Ignoro o sofrimento
ou simples temor
mas evito no pensamento
sensações de terror
E porque não se realizar?
tal mero desejo…
sei que o podes concretizar
com fé tentar eu vejo
P’ra quê falar contigo?
nunca entenderás perceber
como representas perigo
por especial puderes ser…
Ou talvez não exprima
jamais o que sinto agora
por não saberes como se estima
horizonte que vem d’outrora
Procuro no teu mais profundo
desvendar intragáveis mistérios
e alcançar esse teu mundo
partilhando loucuras, vitupérios
Vazio penetra em mim
esperando que o desvaneças
despreocupado pelo tempo do fim
e num princípio meu sangue aqueças
Engraçada esta vida de ilusão
onde tenho de esconder
os intuitos do coração
pelo medo de enganada sofrer
Talvez num outro destino…
mas neste eu lutarei
por futuro total e cristalino
infidelidade eu nunca tentarei
Por isso apenas divago
sabendo que não acreditarão
em meu sonho alagado
pelas lágrimas da solidão
Divagações que me causas
talvez sejam em vão
e me tragam recordações amargas
ao desiludir ambicioso coração.
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