Apercebo-me de que tenho que silenciar o mais belo dos sentimentos
E sei que vai ter que ficar apenas em mim e não apenas uns breves momentos
Já não posso gritar que te amo, não posso sequer correr e abraçar-te
Não posso dizê-lo, não devo demonstrá-lo, mas ainda posso amar-te
Não é irónico saber que tenho que pôr fim a algo tão bonito e intenso ?
Não é triste ter que fingir que sou forte, continuar e sorrir imenso ?
Sim, eu sei que é o mais correcto e talvez a minha única saída
Mas dói, sinto-me aprisionado em mim mesmo, sem direito a ti, vida
E alcanço-te com o olhar se não o posso fazer com a voz
E abraçado à minha talvez normal banalidade, desato os nós
Que me separam da continuidade que queria para o resto dos meus dias
E vou fazendo de seguida outros nós que me vão dar o amor que tu não querias
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