Geral

 

o acto

Na esquina da 44
com a 51

De relance.
A megera lança o
seu olhar

O chulo dá o sinal

O acto é consumado

Género: 
 

solução

Ainda hoje
Segui o atalho
rumo ao além

Caminho em devaneio

Ruídos
Impasse

Situação de apuros
uma mão - solução

Ajuda do Mestre

Género: 
 

liberdade

Gotas de água
atravessam-nos
como setas
cães raivosos perseguem-nos

É tempo de viver

Revolução

Um ideal

Género: 
 

o castelo

Meia-noite, lá fora, sob um céu púrpura, o mocho pia à lua cheia.

Género: 
 

felicidade

Sinto-me leve, livre
como um pássaro que voa
em busca da liberdade...
não sou de ninguém
não tenho lugar de origem,
de partida ou de chegada.

Género: 
 

epidemia

Vivo num castelo
último andar de uma torre
janela
homens armados com bíblias
praguejam
e tentam alcançar a cidadela
doença
fome
epidemia

Género: 
 

meditei

Ontem, também eu, sentado num penhasco perto das águas do oceano, murmurava palavras de tristeza.
E meditei...

Género: 
 

cambaleio

Deambulo pelas ruas... sonhos perdidos, ilusões desfeitas. Há um travo amargo no ar da noite. Breve a vila despertará e eu continuarei só.

Género: 
 

negra noite

O manto negro da noite cai sobre a cidade, o vento sopra por entre o vazio das ruas.

Género: 
 

lágrima

Lá bem no fundo, no escuro; o tédio, a mágoa e uma tristeza de sonhos irrealizáveis. Sonhos esses impossíveis de esquecer e por quem existe sempre uma profunda e verdadeira lágrima.

Género: 
 

quimera

Corpos moribundos arrastam-se por entre as sombras de débeis humanos, raios de sol atravessam cérebros putrificados pelo perecer das eras.

Género: 
 

há dias assim

. . . e o de hoje foi um deles.
Não sei como me sinto, nem o que sinto.
Talvez um vazio frio.
Olho a rua lá fora, fria, vazia, desprovida de sentido . . . e olho o nada.

Género: 
 

pensamento

O cavaleiro seguia pela
orla da floresta.
A lamina da salvação
brilhava ao ser beijada
pelo sol.
A mulher!
A mulher foi assassinada
imprudência.

Género: 
 

sem nome

Por entre a brisa, de uma manhã húmida, vozes de desespero ecoam nos céus da esperança, ao raiar um novo dia. Cisnes brancos banham-se nas lágrimas vertidas pelo homem, em prol da sua felicidade.

Género: 
 

morte

Sentado, infeliz, na minha cama, a ouvir o vento soprar ”selvagem”.
Choro amargamente por detrás do meu cabelo, Tentando não mostrar este sentimento. 

Género: 
 

ritual

Naquela tarde segui, embriagado, rumo ao esquecimento. E esqueci-me do mundo lá fora. O ruído era intenso. O medo era grande.

Género: 
 

amo-te

Na colina sobranceira de tua casa, aí me encontro. Eu, o vento, que geme na negra noite. Mesmo junto a ti, tu não me vês, e é onde passo o dia-a-dia.

Género: 
 

esperança

Rodeado apenas pelo vento, vagueava pelas ruas da cidade. Em ambos os meus ouvidos permanecia a tua voz bradando convictamente sem cessar a palavra " NÃO ".

Género: 
 

sonho

E no esplendor dum entardecer de verão, altas espigas de oiro ardente, reflectem a sensualidade da tua face, num dia ardente à beira-mar.

Género: 
 

tu

Estou na margem... Para lá do abismo.

Género: 
 

a lua vai alta

Madrugada fria
e eu aqui sozinho.

Preciso de ti.

Onde estás?

Longa é a noite em que te espero.

Género: 
 

last night

É noite... lá fora a cidade já dorme. Aqui, o tempo passa lentamente, abro o maço, tiro um cigarro, e puxo-lhe fogo. Penso na vida.

Género: 
 

tristeza

Fecho-me num quarto escuro, onde tudo se torna claro, acendo um cigarro, o último do maço...

Género: 
 

solidão

Perdido na tristeza,
afogo as mágoas
na solidão dum Gin.
E penso em ti.

Género: 
 

a cidade

Existo no tempo
e vejo a cidade
sem abrigo
nua e fria
e fico
aqui

Género: 
 

olhos

Olho . . .
O quê?
Os olhos
De quem?
Os teus.
Como vês com os teus olhos?
Do mesmo modo que eu!
Como faço?
Olho nos olhos teus.

Género: 
 

hoje

Hoje,
nesta tarde quente em que o sol teima em queimar e me faz suar o corpo.
Hoje,
nesta esplanada onde eu e tu nos encontramos.
Hoje,

Género: 
 

declínio urbano

Habito na cidade
Bares
Jogo
Estultícia
Arquitecto jogos na minha mente
A ideia esvanece-se
Cães latem
A cidade dorme

Género: 
 

maria

Enches a noite de aventura
P’ra uns vaidosa
Outros
Puta
Sem medos
Sem receios
Segues p’los labirintos do fauno
Noite após noite
Tropeçar

Género: 
 

o vagabundo

Parto como o vento
Sigo estrada fora
Estou a milhas de casa
Vou moribundo
O meu nome nada significa
Estou sem sono
Na velha rua vazia ninguém para ver

Género: 
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