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Alzira Lima de Jesus
Sobre mim
Poesia, fotografia, música, filmes, são o meu porto de abrigo. Os meus filhos, Lara e Rui, a razão de existir! Sou feliz com todo o conteúdo que sempre quis ter!
Biografia
Vim do Brasil em 1973, com 11 anos de idade, porque os meus pais sempre quiseram regressar ao seu país de origem. Vivi no Porto, onde estudei na Escola Preparatória Martins Fernandes, na Escola Secundária Rainha Santa Isabel, terminando os estudos como Assistente Social no ISSSP. Em 2005 concluí uma pós graduação em «Mediação e Gestão de Conflitos», exercendo o cargo de Mediadora de Conflitos em alguns Julgados de Paz. Fui Formadora...Mas a raiz profissional é mesmo Assistente Social na Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, desde 1989.
Participei numa Colectânea «O Labirinto dos Espelhos» editada no Brasil. Editei o 1º livro de Poesia «A Dor de Ler o Amor» (ISBN:989-617-059-2, Corpos Editora), cuja Apresentação decorreu no Clube Literário do Porto (Portugal), em 18 Dezembro de 2005. A obra foi dedicada aos meus dois filhos, Lara e Rui, com todo o coração:
Aos meus filhos
Que nunca doa aos meus filhos, tudo aquilo que me doeu…
Que a minha felicidade espelhe a sua fortuna
De salientar o Prefácio da conceituada Professora Dr.ª Maria Helena Padrão.
"A Promessa
Poesia de volúpia e de emoções fortes, onde paira o gesto de recuperar o tempo perdido. O olhar interior mergulha no tempo passado através de uma linguagem prisioneira de um timbre onde impera um romantismo já tardio.
O discurso será o eco duma constelação conceptual que faz a alquimia da dor e do amor; passando em décalage da tristeza ao sofrimento, do corpo à dissolução, do tédio ao abismo.
É através do eco/discurso que se estabelecem relações duma solidão individual, com a solidão universal e humana, desvelada liricamente. O amor é cumprido como uma acção ritualizada que, repetindo-se, na celebração da palavra, se desenrola num tempo mítico. Assim, o que é único e irreversível, é despido de importância. Há como que um ritual do amor dionisíaco, expurgado na palavra poética e que, por sua vez, é relativizado, banalizado, encontrando por fim a justa medida.
(…)
Afirmar teu beijo
Provar teus olhos
Tocar teu peito
E respirar o teu ar
Ser eu em ti
(…)
Alzira Lima de Jesus, muito para lá do adeus às coisas do passado, enceta o percurso da celebração de um novo ciclo, o ciclo que dará sentido à existência.
Sem ti,
O mundo seria vazio.
Não bastaria a vida dos outros.
A música não teria sentido…
E todos os sons seriam inaudíveis!
Há como que uma organização poemática que metaforiza o devir existencial: periodicidade, estratégia, entrega, temporalidade, linearidade. Propriedades da vida, propriedades do texto deste livro, permitindo que o corpus de um poema possa ser lido como um capítulo duma trama narrativa que o conjunto de poemas constitui.
Pela palavra, o tempo do profano experimenta uma espécie de experiência nostálgica da fuga e da (des)aparição, encaminhando-se o sujeito lírico para um espaço onde a aspiração do sagrado se faz pelo irromper da serenidade e do apaziguamento. Agora, graças à presença de uma sensibilidade amadurecida, está apta a receber os rumores do mundo, afastando-se gradativamente duma atitude narcísica dos primeiros tempos. Agora, eis que a poesia é espaço e tempo de rever a vida, de analisar o ethos, de franquear as portas à inquietação universal:
(…)
Muro
Mordaça
Areia movediça
Pressa
Prescrição
Parto inacabado
Insensatez
Xenofobia daquilo que luz
Vínculo do impossível
Verdade única:
Morte
Maria Helena Padrão"
A apresentação foi concretizada pela Mestre Annette Pierrette Rapenne Botelho, e os textos ditos pela Prof. Dra. Maria Celeste Dias Alves
Atualmente já tenho um projeto concluído para um novo livro, e vários em estudo.
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