Espero por ti em contemplativo silêncio, amante da Miragem!…
Dizer-se-ia que aguardo a chegada de uma cálida e imaculada luz,
cujo fulgor não se extingue na união dos corpos.
Um dia
deixaremos de fosforescer
na esquina do mundo
e do amor
A tua língua
enaltecerá o ventre do silêncio
onde o caos reside
Eu, cruzamento entre
a nostalgia das noites de amor
que não cingiram os nossos corpos
e os delitos da tinta pigmentando
a língua dos astros. Quero acreditar,
Escondo-me dentro da tua boca,
embriagado anseio do meu ser!
e rogo-te, delirante d'amores por ti:
- não deixes ninguém, homem ou mulher,
Procurei-te sequiosamente por todas as cidades meu bem,
nos lodosos meandros da loucura sonâmbula e não encontrei,
para mal dos meus pecados, ladrilho algum com a tua pegada,
Quero morrer perdoado
no regaço de uma mulher humilde
com cravos no olhar, calor nas mãos
e vinho nos beiços para eu provar
Quero voltar