Fora eu um pássaro E não voaria mais alto. Fora eu uma estrela E não teria mais brilho Que o brilho que acendes Quando te sinto.
Guardo este momento A minha mão presa na tua Matando o tempo. Nossos corpos entrelaçados Como se um do outro dependesse A respiração ritmada
Hoje deixei-te! O coração pequenino Bete tímido, quase a medo… Medo de te ter, Medo de te perder Medo que sintas o medo Que sinto em mim.
Tenho sede de ti, Da tua voz, De te tocar… Tenho sede de nós, Do que fomos… Jurei ser forte, Mas em silêncio perdi o norte Em silêncio
Quero perder-me no mundo. Evaporar-me no ar. Ser o milésimo de um segundo Que termina mal acontece. Quero ser esquecida. Esquece-me! Esquece tudo o que existiu!
Tu entraste silencioso E logo te instalaste, sem pedir. Vieste sem pressas, vagaroso Sem eu saber ou permitir. A boca cheia de promessas
Acredita! Acredita que tudo passa Acredita que nada é definitivo. Aninha esta dor em ti Como quem a abraça… Dá-lhe colo, acalma-a Sente-a no seu todo…
Sonho! Sonho novos sonhos Todos os dias! São eles quem me alimentam, Quem me dão alento Para continuar Na busca incessante, Permanente, eterna,
Abri o champagne E de repente senti a realidade… A adrenalina da conquista, O frenesim da luta, A força que me movia, Tudo agora era desnecessário.
Olhas-me disfarçadamente Para que não leia nos teus olhos O que a tua alma sente. Tentas adivinhar-me E eu a ti, também… Interrogo-me o que escondes