Não olho mais as horas; o tempo é vão.
As memórias, feridas que reabro e reconto,
Números com que justifico o que o cérebro
Já sabe de cor, mas o coração não.
Depois da morte do meu pai, pouco recordo da minha mãe além do silêncio: o silêncio irrequieto do deambular pela casa vazia; o silêncio parado dos olhos envidraçados, como que irreversivelmente vir