Cão

 

Cão

Português

Mas vens até mim, humilde cão, desperto, 
bater na porta cerrada
deste meu mundo de areias, deserto.
E vens nascido no fogo do pecado,
importunar a calma do desassossego
que é este  meu mundo, passado.
E brincas com os passos, na estrada
que findou no sono do aconchego.
Mas vens! Humilde, esperando,
poisado na calma da tarde,
que a chave abra a porta e
do ventre da brisa,  nasça  chuva!
E ficas à espera, aqui…

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