Sóbrio caminho pela calçada.
Bêbado, caio num copo de absinto,
e nadando até à margem...
faço-te um sinal e tu nem me ouves...
grito por ti e tu nem me vês...
Sonhar um sonho impossível
levar a tristeza da partida
escaldar de uma possível febre
partir para onde ninguém parte
amar até
amar, mesmo demasiado, mesmo mal,
Ando pela rua
Escura, nua e vazia
Acompanhado pela lua
E por esta minha agonia
Da noite, eu sou o Senhor
Mas, porém eu suspiro
Minha imagem causa horror
Marginalizado pela sociedade, vou nostálgico pela vida a par com a solidão. Melancolicamente sonho, sonhos que não dão sinais de realidade, pois ocultam os lixos deste espaço imundo.
Só, navego num oceano vazio. Com ela, mergulho no meu mais íntimo e sigo em frente. Descubro o meu eu, e recordo dias passados, onde a alegria brotava em mim, como a seiva brota do pinheiro.
Sem ti os dias são longos, passam longos e um vazio permanece em mim.
Sinto a tua falta, o teu amor, o teu carinho.
Uma tristeza imensa invade a minha alma e dilacera o meu peito.
